Quando a estrela pop chega à cidade, os preços sobem
Quando a estrela pop chega à cidade, milhares de fãs são atraídos – o que aumenta os preços.
A “Eras Tour” da Taylor Swift atrai centenas de milhares de fãs de todo o mundo para os países anfitriões, incluindo noruegueses.
Quando tantas pessoas chegam a uma cidade, os preços aumentam para tudo, desde alojamentos até transportes e alimentos. Os fãs gastam grandes quantias para ver Swift actuar, mas é um preço que estão dispostos a pagar.
“A experiência foi tão boa que valia cada centavo”, diz a norueguesa Sandra Yeoman (30) para a E24.
Porém a turnê da estrela pop afeta mais do que apenas os fãs. Os economistas acreditam que a visita de Swift afeta a inflação dos países anfitriões. O efeito é conhecido como “Swiftflation” e “swiftonomics”. Isso explica o grande impacto que a artista pode ter na economia.
Uma experiência única na vida
Swift iniciou sua turnê europeia em Paris em maio. Desde então, ela se apresentou em lugares como a Suécia e Amsterdã.
Yeomans, uma “Swiftie”, seguiu seu ídolo para todos esses lugares. Não foi barato, já que sua conta de poupança foi diminuída em aproximadamente 40.000 coroas, segundo Yeoman.
De acordo com a mulher de 30 anos, a alegria compensa os custos, e haverá mais shows de Swift se ela conseguir ingressos.
Tiril Myrseth (26) teve experiências semelhantes. Ela trabalha em tempo integral e gastou grandes somas para acompanhar a estrela pop em turnê. Sua viagem para Lisboa custou cerca de 25.000 coroas.
“É uma experiência única na vida, especialmente com ingressos VIP”, diz ela.
Yeomans e Myrseth sentem que os shows oferecem mais do que apenas música. Eles apreciam compartilhar a experiência com outros Swifties de todo o mundo, ao mesmo tempo que viajam.
“Swiftflation” temporária
Quando centenas de milhares de fãs de Swift chegam a uma cidade, as empresas locais podem comemorar o aumento dos lucros.
Os preços dos hotéis aumentaram 300% antes da chegada da superestrela à Suécia, de acordo com a Câmara de Comércio de Estocolmo. Ainda assim, continuaram chegando novas reservas.
O efeito foi uma “festa de dinheiro” para Estocolmo, que arrecadou um total de 850 milhões de coroas em um fim de semana.
Porém nem tudo são boas notícias. Para os locais, pode significar preços mais altos em tudo, pelo menos até a tempestade Swift acabar.
Em maio, a inflação na Suécia era de 3,7%, maior do que a esperada de 3,5%.
“Eras Tour” com orçamento limitado
Synne Hatløy (24) é uma estudante que viajou sozinha para Madrid, para experimentar a turnê com um “orçamento limitado”.
No total, ela gastou cerca de 7.000 coroas na viagem, mas acredita que a experiência teria sido ainda mais barata se ela tivesse conseguido ingressos de venda principal.
“Alguns ingressos que encontrei para revenda custavam 5.000 coroas, o que era um pouco caro para mim. Então perguntei em um grupo do Facebook se alguém tinha ingressos para vender. Pouco depois, alguém me mandou uma mensagem sobre um ingresso que tinha por 3.200 coroas. Comprei isso”, diz Hatløy.
As despesas extras com os ingressos não foram problema, pois ela economizou em outras despesas, de acordo com a jovem de 24 anos.
Por exemplo, ela viajou apenas com bagagem de mão, não comeu em restaurantes e ficou em albergues. As passagens aéreas custaram 2.500 coroas de ida e volta, e a acomodação foi barata por 750 coroas por duas noites.
Além disso, ela estava ciente de não gastar muito dinheiro em produtos de merchandising, embora entenda perfeitamente por que os fãs fazem isso.
“Mas se tiver que gastar um pouco mais de dinheiro, garanto que não se arrependerá”, diz a estudante de 24 anos.