ARTES & ENTRETENIMENTO
PUBLICADO: 3 de maio de 2024 às 09:10
HONG KONG: O TikTok está trazendo de volta muitos dos artistas mais populares do mundo – incluindo Taylor Swift, BTS e Drake – sob um novo acordo de licenciamento com a Universal Music Group (UMG), mesmo com a plataforma de sucessos de vídeos curtos enfrentando um ultimato de “venda ou proibição” do governo dos Estados Unidos.
A TikTok, de propriedade da ByteDance, e a UMG assinaram em Los Angeles o que descrevem como um “acordo de licenciamento multidimensional” que proporcionará benefícios significativos e líderes da indústria para a família global de artistas, compositores e gravadoras da UMG.
“Somos gratos por assegurar uma parceria com a Universal Music Group”, disse o CEO da TikTok, Chew Shou Zi, em um comunicado conjunto divulgado esta semana pelas duas empresas.
O novo pacto, assim como o sentimento expresso por Chew, mostra a extensão de compromisso na resolução de questões e disputas acrimoniosas entre os dois partidos, o que fez com que a UMG retirasse seu vasto catálogo musical do TikTok no início deste ano.
Em Janeiro, a UMG acusou o TikTok de tentar negociar um novo contrato com uma taxa que era apenas “uma fração” do que seus pares de mídia social pagavam. Em resposta, o TikTok acusou a UMG de ser gananciosa.
O novo acordo de licenciamento é esperado para proporcionar melhor remuneração para os artistas e compositores da UMG, proporcionando mais oportunidades de promoção e engajamento para suas gravações e canções, e proteções relacionadas à inteligência artificial (IA) gerativa, de acordo com o comunicado conjunto.
“Com a constante evolução de como a interação social, o engajamento dos fãs, a descoberta de música e a genialidade artística se convergem no TikTok, vemos um grande potencial em nossa colaboração futura”, disse o presidente e CEO da UMG, Sir Lucian Grainge.
As duas partes afirmaram em seu comunicado que agora estão “trabalhando rapidamente” para retornar a música de artistas e compositores representados pela UMG ao TikTok “o mais rápido possível”.
De acordo com o novo acordo, o TikTok e a UMG disseram que trabalharão juntos para garantir que o desenvolvimento de IA em toda a indústria musical “proteja a arte humana e a economia que flui para esses artistas e compositores”.
O TikTok também se comprometeu a trabalhar com a UMG para remover a música gerada por IA não autorizada da plataforma, e fornecer ferramentas para melhorar a atribuição de artistas e compositores.
A UMG anteriormente alegou que o TikTok estava se movendo para substituir os artistas por IA, com base na grande quantidade de clipes de áudio gerados por IA na plataforma. O TikTok negou essa afirmação, chamando-a de “narrativa e retórica falsas”.
O TikTok também se comprometeu a investir em novas ferramentas para os artistas. Estas incluem “Add to Music App”, dados avançados e análises, e capacidades de bilhetagem integradas para beneficiar os artistas.
Enquanto isso, o proprietário do TikTok, ByteDance, rejeitou na semana passada um relatório da publicação digital americana The Information, onde foi dito que estavam “explorando cenários” para vender uma participação majoritária nas operações americanas do TikTok para empresas fora da indústria tecnológica e sem o algoritmo que impulsiona a plataforma. Em uma declaração postada em sua plataforma de notícias Jinri Toutiao, a ByteDance disse que não tinha planos para vender o TikTok.
O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou em lei, no dia 24 de abril, um projeto que proibiria o TikTok no país se o seu controlador chinês, ByteDance, falhasse na venda das operações do aplicativo na América.
A ByteDance preferiria fechar as operações do TikTok nos EUA, em vez de desinvestir nele depois de esgotar todas as opções legais para combater a medida de “venda ou proibição” do governo americano, de acordo com um relatório da Reuters no mês passado.
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