Fotos falsificadas de teor pornográfico da cantora Taylor Swift, envolvendo o uso de Inteligência Artificial (IA) para gerá-las, estão sendo compartilhadas extensivamente em redes sociais, provocando revolta entre políticos dos Estados Unidos e seguidores da artista.
Uma dessas fotografias alcançou mais de 47 milhões de visualizações em uma certa rede social X, permanecendo visível por mais de 17 horas antes de ser apagada, conforme relatado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O conceito de deepfakes, que são representações falsas criadas por IA, já disseminava na internet afetando celebridades e pessoas comuns. No entanto, essas práticas estão longe de ser novidade.
O aperfeiçoamento das ferramentas de IA ameaça desencadear uma onda de conteúdos degradantes e incontroláveis, na visão de vários ativistas e órgãos reguladores.
A exposição de Taylor Swift a tais imagens inapropriadas, sendo ela uma das cantoras mais escutadas no Spotify, pode catalisar uma reação das autoridades devido ao descontentamento de seus milhões de fãs.
Danisha Carter, influenciadora digital, menciona que o lado positivo do que ocorreu com Swift é que talvez isso mobilize a aprovação de legislações para erradicar definitivamente tais práticas.
Conhecida por possuir regras mais flexíveis quanto à nudez comparativamente ao Instagram ou Facebook, a rede social X surge no centro dessa polêmica.
Apple e Google, detentoras de sistemas operacionais móveis, têm influência sobre os conteúdos compartilhados em seus aplicativos, embora tenham tolerado o ocorrido na referida rede social X.
A plataforma X afirmou que adota uma política de intolerância à publicação de imagens de nudez sem consentimento e que está removendo todas as fotos identificadas de Taylor Swift, além de tomar medidas contra as contas responsáveis pela difusão das mesmas.
Até o momento, os representantes da cantora não se pronunciaram a respeito da situação.
A congressista democrata Yvette Clarke recorda que a situação vivida por Taylor Swift não é uma novidade e reforça a necessidade de uma legislação que faça frente ao fenômeno dos deepfakes.
O avanço na IA facilita e barateia o processo de criação dessas imagens inautênticas, comenta Clarke.
Um estudo conduzido em 2019 apontou que 96% dos vídeos deepfakes tinham conteúdo pornográfico e, segundo a revista Wired, 113 mil destes vídeos foram postados em sites pornográficos nos primeiros nove meses de 2023.
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